quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Um sonho



Cara, vou contar pra vocês de uma forma poética um sonho que me perseguiu por muitas noites
à algum tempo atrás.

Seguindo seus passos, calmamente como se os guia-se. Ela seguia firme, sem olhar para trás, mas sabia que ele estava ali.. Observava cada movimento. Folhas secas ao chão, um vento gélido soprava e um desejo de morte pairava no ar, ela seguia.
Chegou ao limite. A frente um grande abismo onde estava decidida a despejar todos problemas, sonhos e mágoas.Toda aquela solidão que a acompanhava e ao mesmo tempo assombrava seus dias.Mas ela gostava de solidão, só simplesmente cansou de buscar respostas em sua suposta vida. Pedras, ondas que se chocavam contra falésias e o final daquele abismo, toda uma existência teria sido interrompida naquele momento.
Um sutil detalhe mudou todo rumo. O vento gélido que agora transbordava, suplicava e ansiava morte, como num passe de mágica clareava aquele rosto borrado em meio a sussurros “Eu estou aqui! Segure minha mão!” .


Ela saiu daquela bolha sentindo pela primeira vez que o fim, era apenas o fim. Mas que continuar poderia ser mais dolorido. Ela não queria dor, e ele queria apenas a resgatar! Ela precisava ser resgatada de si mesma.. E todo esse tempo ele esteve ali, seguindo seus passos e sabia que mais cedo ou mais tarde esse dia iria chegar. Aquele rosto que ela tanto queria desvendar, agora se transformava na expressão mais sincera e aquele olhar penetrava em sua alma. Ela só tinha um desejo. Ela foi resgatada de si mesma. Vento gélido, folhas secas e mãos dadas !

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